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Em maio de 2013, visitamos as ruínas da Vila de Paranapiacaba, localidade brasileira que em meados de 1850, recebeu um pesado investimento bancário inglês, para a construção de uma ferrovia que subia do Porto de Santos até o Alto da Serra. A visão fantástica do cemitério de trens e trilhos nos acompanhou por meses, até que começaram os protestos populares pela melhoria da infraestrutura de transportes no país. Não foi possível eliminar a sobreposição de visões dos trens abandonados com os ônibus queimados, dos trilhos vazios com as estradas congestionadas que nos apontavam para uma civilização que não está em progresso. A exploração foi a melhor maneira de compreensão e entendimento dos caminhos que levam a essa concentração do poder através dos monopólios. Começamos, após esses fatos, a rever filmes que remontam ao início do cinema. Realizamos uma observação em 63 produções, de 1913 até 1968. Resgatamos nessas obras as intenções de um poder obscuro em confronto com as forças naturais. Poder que utiliza a tecnologia das máquinas para adestrar, para treinar e distrair as pessoas, que assim educadas, passam a obedecer. Identificamos, assim, o elo perdido de uma sinistra história de escravidão e concentração de poder. É isso que apresentamos agora para você.